O Boleiro vira carreiro

O Boleiro vira carreiro, o carreiro vira rádio-telegrafista, o radio telegrafista vira político, o politico vira escritor, o escritor vira articulista, e por aí foi a minha vida. Na década de 80 meu unico meio de transporte era uma fusca ano 62 que mal cabia minha mulher Ruth, uma filha e seus apetrechos. Para o transpote de madeira e demais produtos da pequena propriedade, adquirir um carro de boi, tradicional véiculo da época. Aprender a encangar os bois não foi tarefa difícil, mas sim, decorar os nomes das peças do carro de boi , aqui relacionados: RODADO e MESA: Cabeçalho, cheda, Arreia, tábua,recabem, cocão, chumaço, chaveia, pigrro, cabia, espera fueiro, esteira, caniço, argolão, e azeiteiro -= RODA: Cambota, mião, arreia, oca, chapa, prego e aguia. EIXO: Cantadeira, espiga, cunha e cabia. TRÁIA DOS BOIS: Cirigola, carampo, ajoujo, canga, canzil, brocha, tamoeiro, cambão, chaveia e tiradeira. Na foto está eu com a vara de ferrão, uma secretária e meu axiliar na guia dos bois.